O Projeto LeishNão

Este é um projeto de extensão desenvolvido por professores e acadêmicos dos cursos de Veterinária, Enfermagem, Ciências Biológicas, Medicina e outros cursos de saúde da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Nosso foco é a educação em saúde para a prevenção e controle da leishmaniose visceral humana e canina mato Grosso do Sul.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Vídeos em 3D sobre a Leishmania [INBEB]

Publicado pelo Instituto Ciência Hoje em 10/02/2014 (Acesse o artigo neste link

Mais que mil palavras

Vídeos com animações em três dimensões buscam transmitir de forma mais simples o conhecimento sobre o ciclo de vida dos agentes causadores da leishmaniose e da doença de Chagas.

Uma imagem, como diz o ditado, vale mais que mil palavras. E pode informar melhor do que muitas páginas descritivas. Ferramentas tecnológicas como vídeos, por exemplo, podem ajudar a explicar de modo mais fácil conceitos científicos. Partindo desse princípio, os pesquisadores Wanderley de Souza e Marlene Benchimol, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Biologia Estrutural e Bioimagem (Inbeb), estão produzindo vídeos com animações em três dimensões para melhor explicar o ciclo de vida dos agentes causadores da leishmaniose e da doença de Chagas.

O principal objetivo do projeto, segundo um de seus participantes, o biólogo Dirceu Esdras Teixeira, é facilitar o acesso ao conhecimento científico. Os vídeos também apresentam os dados mais recentes disponíveis sobre a biologia dos protozoários Trypanosoma cruzi (responsável pela doença de Chagas) e Leishmania (responsável pela leishmaniose). “Boa parte dos livros usados em salas de aula estava desatualizada”, afirma Teixeira. “No caso da Leishmania, destacamos a parte do ciclo biológico do protozoário no corpo do inseto; este ciclo é pouco conhecido. É diferente quando você visualiza o ciclo de vida e quando você o descreve.”
 
Para o pesquisador, as figuras bidimensionais usadas tradicionalmente em salas de aula podem levar a equívocos durante o aprendizado. “Normalmente, professores desenham no quadro uma célula, que é tridimensional, de forma bidimensional. Assim, importantes relações espaciais não são compreendidas, algumas informações acabam se perdendo e os alunos não formam conceitos completamente corretos.” Com os vídeos em três dimensões, mais próximos da realidade, será mais fácil, segundo Teixeira, assimilar o conteúdo científico, ou seja, visualizar o processo e entendê-lo.

Quem produz os vídeos tridimensionais é o designer gráfico Paulo Henrique Crepaldi, do Núcleo de Animações Científicas do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A equipe já tinha experiência na produção de animações científicas para o curso de biologia a distância de Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cederj). “Já estávamos familiarizados com toda a teoria de aprendizagem envolvida nesse processo”, afirma o pesquisador. A produção dos vídeos é relatada em artigos publicados nas revistas PLOS Pathogens e PLOS Neglected Tropical Diseases.

Aplicações e desdobramentos

Além de importantes para ilustração de artigos ou para apresentações em congressos científicos, Teixeira explica que os vídeos são uma forma de aprendizagem lúdica e acessível a alunos desde o ensino médio até a pós-graduação. Um dos primeiros vídeos produzidos, sobre o ciclo de vida do Trypanossoma cruzi, foi distribuído para as escolas públicas de ensino médio do Rio de Janeiro, acompanhado de um atlas didático com as ilustrações em três dimensões e um CD com as animações. O grupo pretende fazer o mesmo com o material sobre o ciclo de vida da Leishmania.

O biólogo conta que a utilização dos vídeos em sala de aula trouxe bons resultados. O material foi apresentado para alunos de ensino médio, graduação e pós-graduação, e, logo depois, os pesquisadores aplicaram um pequeno teste. “Avaliamos dois grupos de alunos: um ao qual foram ministradas aulas tradicionais; outro ao qual foram ministradas aulas com o material multimídia”, conta Teixeira. Os resultados indicam que os alunos que assistiram aos vídeos assimilaram melhor o conteúdo.  “A principal vantagem que percebemos foi a motivação dos estudantes, o que indicou que o ensino com as animações foi mais agradável e mais eficiente. Constatamos, de fato, que o aprendizado foi mais rápido.”

A utilização dos vídeos em sala de aula trouxe bons resultados: os alunos que assistiram aos vídeos assimilaram melhor o conteúdo

O projeto já está atraindo o interesse de instituições de outros países. O Inbeb recebeu recentemente da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) um pedido de cessão do vídeo sobre o ciclo de vida do T. cruzi. A Nasa quer usar o material para instruir os participantes de um programa de pesquisa sobre a possibilidade de ação dos vetores do Trypanossoma cruzi e da entrada da doença de Chagas nos Estados Unidos em decorrência das mudanças climáticas. 
Outros vídeos já estão sendo produzidos ou programados pelos pesquisadores. “Está em produção um vídeo sobre o ciclo de vida do Toxoplasma gondii, protozoário causador toxoplasmose”, diz Teixeira. “Além disso, planejamos elaborar um vídeo sobre protozoários do gênero Plasmodium, causadores da malária, a partir do início de 2014.”

Os vídeos mais bacanas
Segue abaixo os três vídeos sobre o ciclo de vida da Leishmania, parasita causador da leishmaniose, e que todos deveriam ver!
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